2011 no camarim


2011 está no camarim, ansioso e quase pronto para entrar em cena!


Deixei o blog bastante de lado, espero que nesse próximo ano meus posts não começem com frases assim... Relatando abandono ao blog rs.


Desci a serra hoje, estou no Guarujá em um dos meus horários preferidos para reflexão (quase 2h da manhã) e passei a noite lendo e curtindo fazer absolutamente nada por algumas horas.


Na verdade estava refletindo sobre isso. Estou lendo o livro "Comer, Rezar, Amar" [preciso fazer um adendo pra dizer que o livro é encatadoramente muito melhor que o filme - não desmerecendo o trabalho da Julia Roberts que é uma das minhas atrizes preferidas, mas o filme em si ficou muito vago]. O livro é realmente mais direcionado para o público feminino, visto que a narradora é uma mulher, descrevendo suas aventuras pelo mundo como mulher etc... E como de praxe, nos interessamos muito mais por aquilo com o qual conseguimos interagir (fato!). Mesmo assim, consideraria o livro interessante para o universo masculino, pois além de ilustrar os dramas de uma mulher em busca da felicidade nos dias atuais, também aborda uns assunto preocupantes e ignorados por parecerem toscos como: a importância de não fazer nada.


Vejamos - Nos trechos abaixo trata-se de uma comparação da cultura americana (o que pode-se incluir nossa cultura também caso você morar/trabalhar em São Paulo) e a cultura italiana - apreciadora da "beleza de não fazer nada".


"Falando de um modo geral, porém, os americanos são dotados de uma incapacidade de relaxar e se deixar levar pelo simples prazer. Nosso país é formado por gente em busca de entretenimento. Os americanos gastam bilhões para se manterem entretidos com todo tipo de coisa, da pornografia aos parques temáticos, passando pela guerra, mas isso não é exatamento sinônimo de uma diversão tranquila."


"É claro que todos nós inevitavelmente trabalhamos demais, e em seguida ficamos exaustos e precisamos passar o fim de semana inteiro de pijama, comendo cereal direto da caixa e olhando fixamente para a televisão em um estado próximo ao coma (o que é o contrário de trabalhar, sim, mas não exatamente sinônimo de prazer). Os americanos não sabem muito bem como não fazer nada. Esse é a causa daquele grande e triste estereótipo americano - o executivo superestressado que sai de férias, mas não consegue relaxar."


Pensei sobre isso e cheguei a conclusão de que ao invés de ler um livro, conversar,tomar uma taça de vinho ou simplesmente pensar sobre alguma coisa...... eu poderia muito bem ter ligado a televisão, assistido "A Grande Família" e logo depois ter sido consumida pelo sono e dormir......


Nossa sede por entretenimento acaba nos tornando cada vez menos satisfeitos com nossa própria companhia, cada vez mais estressados e esperando mais espetáculos para manter nossas mentes longe do trabalho mas ao mesmo tempo ocupada com alguma coisa qualquer que nos impeça de pensar muito....


Precisamos "não fazer nada" as vezes para sentir a presença de nós mesmos, para escutar a nossa voz interna que fica rouca de tanto berrar para ser escutada no meio da rotina-louca-nossa-de-cada-dia.


Desejo a todos um magnífico, esplêndico, especial e promissor 2011!

Que esse novo ano sai do camarim cheio de vida, esperança, boas energias e amor.


2 comentários:

Anônimo disse...

Em que 2011 saibamos aproveitar cada minuto de nossas vidas independente da situação apenas aproveitar e sentir tudo que o universo tem a nós proporcionar e assim viver!!!!

Ótimo post!!!!!!

Ovelha - Born to be Wild! disse...

Às vezes da a impressão que vivemos plenamente apenas nas horas em que "não fazemos nada". Estes momentos são os únicos em que conseguimos nos focar naquilo que nos faz verdadeiramente bem, sem precisarmos pensar em outra coisa. Nos outros momentos, parece que a todo instante estamos pensando em alguma meta, algum objetivo, o que nos condiciona ao desejo futuro, mas nunca ao desejo presente (do tipo: "preciso andar por aqui para chegar em tal lugar", "estou comendo porque estou com fome" ou msmo "preciso me divertir, afinal foi para isto que saí nesta noite").

O desejo presente é alcançado num estado de contemplação pura: eis o "fazer nada", é contemplar nossa vida e estar satisfeito com ela.

Feliz 2011 Pri!

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